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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Não volte aqui

Volta aqui, meu peito guarda seu lugar,
Finge que foi engano, e que nada mudou,
Se eu não valer a pena, eu deixo você ir,
Mas hoje você sabe que é parte de quem eu sou,
Ou seja, tem mais de você aqui, que pelo mundo,
Tem mais amor em meu peito, que em qualquer peito em que você já morou.

Mas eu sei que para você é bem complicado,
Te peço o Amor que você quer deixar escondido,
Como as pétalas caidas no chão no começo do outono
Olhar para nosso Amor morto ainda é muito bonito,
Vou te pedir um favor, se puder, cumpra para mim,
Não me ligue, não me procure mais, se eu escolher a solidão, e tiver sumido.

Não tem culpa em nós, não tem nada disso aqui,
É só o passado passando para demonstrar, novamente,
Que foi bonito, que valeu a pena, e isso não se apagará,
Agora é mais difícil terminar o poema, nada rima com a gente,
Nem tem mais planos para puxar assunto, outra vez,
E quando nos vermos na rua, nos olhamos, finjo que não lembro, você, que não sente…

Te vesti com meu coração

Meu corpo só cai em teu golpe por medo
Eu tento, mas acho que acabo me traindo
Me entrego, acabo fazendo do sofá, paraiso.

Minha boca só beijava a tua sem ter medo,
Eu penso, mas só acabo é me consumindo
Me rendo, e entendo que o sofá, é mais que isso.

Tem cheiro que as flores imitam logo cedo,
Brilha nos dias em que o Sol acaba nem saindo,
Caimos do sofá, e nos amamos alí naquele piso.

Te peço a mão, prá te colocar um anel no dedo,
Me ajoelho, e é isso mesmo que estou pedindo,
Casa com meu amor, meu choro, e com meu riso.

Eu achando que todo dia será bom, engano ledo,
Mesmo quando brigarmos, ainda te olharei sorrindo,
E no outro dia, nós nem nos lembraremos disso.

Somos mais que celular, que ligação, que um torpedo
Somos amor, que dia a dia vai se resconstruindo
Te amo, deixa o sofá, é você que é meu paraíso.


Solidão

Solidão normalmente é a falta de nada,
E as vezes, ter nada, até pode ser tudo,
Solidão é a falta de encontrar a sí mesmo,
É não ter guerra, e continuar usando escudo.

Tem dias em que temos tantas coisas,
Que a gente prefere é só ficar sozinho,
Eu, sozinho, encontro os outros em mim,
Me encontro na perdição do meu caminho.

O verde da esperança das árvores morrendo,
Preto é a cor que não lhe deixa enxergar,
Branco é a tal paz, e eu acho de verdade,
Que ter paz nessa vida é se auto perdoar.

Que Deus me perdoe, como eu o perdoei,
Tanta dor, um imenso machucado sem ferida,
Dói aqui dentro, e vejo que a única maneira,
É deixar que a cura seja uma lágrima escorrida.

Deixe estar que mais tarde eu vou dizer
Que eu já olhei para trás, mas não voltei,
Que singrei em meu barco em alto mar,
Achei o fim do arco-iris, e um pote dourado,
E no pote o amor que eu mesmo deixei.

Samba

Me pediram para fazer um samba, mas esse eu confesso que nunca aprendi,
Mas assumo ser fã da levada, que nasce em quem já nasceu por aqui,
Meu sangue se rende, e eu entrego: Já que não sambo, só posso aplaudir.

O samba que canta a verdade, do Chico, do Zeca, ou Nogueira,
Alcione, Leci, e o Fundo, cantando as canções do saudoso Bezerra,
Viveram da maneira que fiz: Viveram sem ter a vergonha de ser feliz.

Assume o samba meu amigo,
Deixa o samba guiar você,
Então bate sua palma comigo,
O samba é sim um modo de viver,
O samba é pra gente da gente,
E a gente da gente não o deixa morrer

Roqueiro no meio do samba, tá alí mesmo é para poder escutar
A gente vai lá e se encanta, no fim da noite já sai à cantar:
Vai lá:- Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar.

Aprenda à ser bom da cabeça, e tira essa trava que prende seu pé
Sente a batida, aprende a vida: malandro é malandro, mané, é mané
O samba conta nossa história, é uma roda de amigos à cantar
Se nunca foi à uma roda de samba, nunca viu, nem sentiu, como quer criticar?


Assume o samba meu amigo…

Sábado a noite

No hall aqui do prédio espero o elevador, são apenas dois andares, então vou caminhar
Vim pensando em você,e agora que cheguei, nem lembro realmente sobre o que pensei
Tá frio lá fora, e o mundo, parece bem melhor, já cheguei na sua porta, agora é só entrar
Você e o sorriso, que me acolhe bem, fecha a porta, tranca tudo, vem prá dentro,vêm

E eu perdido entre um bom vinho, e a sua voz, no frio que vêm do inverno, e o calor de nós.
Na TV um filme triste, e o resto tanto faz, falando de besteiras, de guerra, amor e paz.
Fingindo não ligar que o sono vai vencer, que o mundo já está cheio, pois não falta você.
Então me fala alguma coisa, pra qual não vou ligar, te olho já buscando aquele seu olhar.
Mais tarde te encontro no lugar marcado, o que importa é que o lugar seja ao seu lado.
Então fecha a cortina, e aumenta esse som, o amor é mais importante que um vinho bom.

Amanhece, é domingo, vou comprar o pão, na fila um casal que nem me notou
Brincando de amar, logo vão saber, que na vida o que vale é o que não faz sofrer
Passo na banca para comprar o jornal, e a maior manchete é que o mundo já acabou
Nem ligo, pulo a pagina e continuo andando, mal sabem eles que o meu mundo está me esperando…

Reencontro

E eu sei que lá dentro, bem lá no fundo, você ainda guarda o meu mundo,
Nem tudo se resolve em um segundo, mas senta, vamos resolver esse assunto.

Pede um porção, e uma cerveja gelada, esqueci que você já não bebe nada,
-Me dá um chopp, e uma limonada. Que horas fecha o bar? – Hoje viro a madrugada

Como você anda, o que conta de novidade? Como está sua princesa, está com que idade?
Estar contigo ainda é o melhor lugar dessa cidade, preciso te falar, não me leve na maldade.

Eu te amo, mas não posso te dar meu perdão, me desculpe, precisava usar minha razão
Mesmo assim, tirei o rancor do meu coração, volta prá mim, me dá um beijo e sua mão.

Então nem lembro que você me esqueceu, seu sorriso é um presente que Deus me deu,
Joga fora o celular, as mensagens que recebeu, eu estava bravo, meu amor ainda é seu.

Não é sempre que a gente pode recomeçar,
Eu sei que é difícil, mas é hora de se perdoar,
Cancela a saudade, hoje não vou me embebedar,
Leva essa cerveja, meu amor resolveu voltar,
É hora da felicidade, e a felicidade é meu lugar,
Eu deixei a porta aberta, usa o sorriso para entrar
A senha do portão, ainda é seu olho à brilhar,
Não precisa trazer nada, só você, e ai tudo vai voltar…

Poeira na estante…

É claro que a culpa é somente sua, de toda essa minha felicidade,
Quero logo te casar comigo, e jogar pedras no lago, com mais idade.
Esquece esse negócio de mudar status, a nossa união não é anel no dedo,
Tem mais à ver com vencer o mundo, de mãos dadas, enfrentando todo o medo.

Deixe estar, deixe ser, que eu já nem ligo
Vão ligar, vou dizer que agora eu vivo
Eu me esqueci que tinha que te ligar
Como eu durmo, sem antes lhe dizer?
Que posso passar a vida à imaginar,
Mil maneiras de dizer que eu amo você!

A gente faz as nossas malas, e foge da rotina por quase um ano,
Na poeira que juntar na estante, na volta escrevo o quanto te amo.
Claro que o amor é alguém, e é mais claro que seja você
O amor não cabe em definição, mas cabe em seu sorriso ao amanhecer…

Deixe estar, deixe ser, que eu já nem ligo…

Quando eu chegar em casa, quero encontrá-la,
Prá eu roubar mais um beijo enquanto você fala,
Tirar foto no espelho, pôr em um quadro na sala,
Então vem logo meu amor, e traz a sua mala

Deixe estar, deixe ser, que eu já nem ligo