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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Olhos no espelho

Vejo meus olhos no espelho, o sangue vermelho, as marcas no meu coração
Vejo e nem sei o que vejo, bate um desespero ao ver levantar-se a cruz
Corro, eu fujo de medo, me escondo no escuro, nem sei se eu tenho perdão
Mas volta e nem se importa, me abraça e me mostra o caminho, a verdade e a luz.

Caminho perdido num mundo perdido, pedindo perdão a meu Deus
É morte, é roubo e seqüestro, é sangue e fumaça
Nem parece que são filhos Seus.

Mas sou só mais um no caminho, e caminho ao encontro do que eu queria fugir
Eu luto e a batalha é sangrenta
Expulso demônios como me falou para agir

Sem medo do medo que tenho, de ser o que sou, e não o que você quer
Mas mesmo assim é escuro, confuso, barulho
Me afogo aonde ‘da pé’

Vejo meus olhos no espelho, o sangue vermelho, as marcas no meu coração
Vejo e nem sei o que vejo, bate um desespero ao ver levantar-se a cruz
Corro, eu fujo de medo, me escondo no escuro, nem sei se eu tenho perdão
Mas volta e nem se importa, me abraça e me mostra o caminho, a verdade e a luz.

Nem perto , nem posso, nem quero, o mal ainda existe dentro de cada um
É forte o apelo externo, dar a outra face não é uma idéia comum

Taxado como dependente, dependo apenas do que você quer me dar
Nem ligo pro que eu escuto
E mesmo ouvindo, não caio e nem quero chorar

A força do Espírito Santo, toma minha vida, me dá uma direção
E ainda num quarto escuro
Escuto cantar na batida do meu coração.

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